Benfica-Spartak Moscovo, 2-0
Cardozo saltou do banco para agarrar a boia
Dois golos de Cardozo e uma segunda parte de alto nível deram ao Benfica a primeira vitória nesta Liga dos Campeões (2-0). Diante do Spartak de Moscovo, o paraguaio saltou do banco e tornou-se protagonista numa noite só estragada pelo resultado de Glasgow.
Com as ambições de Champions presas por um fio, depois do empate pouco ambicioso de Glasgow e da derrota tão evitável de Moscovo, o Benfica agarrou a boia de salvação que tinha pela frente. A vitória sobre os russos mantém em aberto a esperança de chegar a 2013 ainda a competir na Europa. Fica por saber em qual das provas, uma interrogação que a proeza do Celtic diante do Barcelona veio acentuar. Mas essas são contas para fazer mais para a frente. Por enquanto, o essencial está feito, com a primeira vitória da temporada europeia. Uma vitória que tem o nome de Tacuara Cardozo gravado em altíssimo relevo.
O paraguaio não se limitou a marcar os dois golos que sentenciaram o jogo. Com 45 minutos quase perfeitos ¿ e este «quase» resulta do já habitual trauma dos penaltis - deu sentido e verticalidade a um jogo que o Benfica dominou praticamente desde o início, sem no entanto desatar os nós que o amarraram durante a primeira parte.
Não se sabe até que ponto o penalti flagrante sobre Garay, logo no primeiro minuto, a que o alemão Meyer fez vista grossa, poderia ter modificado esta história. Sabe-se, sim, que até à entrada de Cardozo o domínio encarnado foi relativamente estéril, com a dupla Lima-Rodrigo a sentir dificuldades de ligação e com Ola John apagado, deixando Melgarejo tornar-se contraponto solitário à dinâmica nem sempre lúcida de Salvio e Maxi na direita.
Os receios provocados por um meio-campo de recurso, esses, passaram cedo: Enzo Pérez, em grande forma, foi o complemento ideal para dar segurança a André Almeida, contido e seguro no papel de âncora. Só por uma vez o Spartak ameaçou a sério a baliza encarnada, mas aí valeu a atenção de Artur, outra personagem importante deste filme. Um filme que chegou ao intervalo com um punhado de meias oportunidades para o Benfica e a sensação gritante de que faltava uma referência fixa ao ataque encarnado.
Cardozo, sim, e Ola John também
Poucas vezes um jogo pediu de forma tão óbvia por um jogador. Menos óbvia foi a opção de Jesus, sacrificando um Rodrigo muito enérgico mas pouco preciso e mantendo o discreto Ola John em campo. O tempo deu-lhe razão: o holandês, contagiando pela presença de Cardozo no eixo, transfigurou-se na segunda parte e acabou por ficar ligado aos dois golos.
Antes, ainda houve tempo para Artur voltar a mostrar serviço, compensando perante Bilyaletdinov e Kiril Kombarov os espaços que o Spartak tentava explorar nas costas de Maxi. Mas os russos tinham já pela frente um Benfica diferente, mais concreto na zona de definição. Cardozo nãofoi o único responsável, mas foi omais óbvio. Coube-lhe iniciar o lance do 1-0, com uma abertura larga para Ola John. O holandês pareceu atrapalhar-se, mas recuperou o equilíbrio a tempo de lançar Melgarejo (55 m). O cruzamento para a cabeça de Cardozo selou a entente guarani e deu ao Benfica a sua primeira situação de vantagem nesta Champions.
À imagem de Ola John, mais confiante a cada novo lance, o Benfica passou a jogar com um sorriso nos lábios. O 2-0, fabricado pelo holandês e concluído pelo imparável Cardozo (69 m), era expressão justa para um jogo que parecia embalado para um final em apoteose. Mas coube a Cardozo, que estava decididamente em todas, arrefecer os ânimos conquistando e desperdiçando um penalti que deixou o Spartak com um homem a menos. Se o terceiro tivesse chegado, estariam reunidas todas as condições para uma goleada. Como não veio, o jogo foi perdendo intensidade e interesse, com o Benfica a namorar as redes da baliza de Rebrov, mas pelo lado de fora, e a controlar as operações até final, de forma menos vistosa.
Com as ambições de Champions presas por um fio, depois do empate pouco ambicioso de Glasgow e da derrota tão evitável de Moscovo, o Benfica agarrou a boia de salvação que tinha pela frente. A vitória sobre os russos mantém em aberto a esperança de chegar a 2013 ainda a competir na Europa. Fica por saber em qual das provas, uma interrogação que a proeza do Celtic diante do Barcelona veio acentuar. Mas essas são contas para fazer mais para a frente. Por enquanto, o essencial está feito, com a primeira vitória da temporada europeia. Uma vitória que tem o nome de Tacuara Cardozo gravado em altíssimo relevo.
O paraguaio não se limitou a marcar os dois golos que sentenciaram o jogo. Com 45 minutos quase perfeitos ¿ e este «quase» resulta do já habitual trauma dos penaltis - deu sentido e verticalidade a um jogo que o Benfica dominou praticamente desde o início, sem no entanto desatar os nós que o amarraram durante a primeira parte.
Não se sabe até que ponto o penalti flagrante sobre Garay, logo no primeiro minuto, a que o alemão Meyer fez vista grossa, poderia ter modificado esta história. Sabe-se, sim, que até à entrada de Cardozo o domínio encarnado foi relativamente estéril, com a dupla Lima-Rodrigo a sentir dificuldades de ligação e com Ola John apagado, deixando Melgarejo tornar-se contraponto solitário à dinâmica nem sempre lúcida de Salvio e Maxi na direita.
Os receios provocados por um meio-campo de recurso, esses, passaram cedo: Enzo Pérez, em grande forma, foi o complemento ideal para dar segurança a André Almeida, contido e seguro no papel de âncora. Só por uma vez o Spartak ameaçou a sério a baliza encarnada, mas aí valeu a atenção de Artur, outra personagem importante deste filme. Um filme que chegou ao intervalo com um punhado de meias oportunidades para o Benfica e a sensação gritante de que faltava uma referência fixa ao ataque encarnado.
Cardozo, sim, e Ola John também
Poucas vezes um jogo pediu de forma tão óbvia por um jogador. Menos óbvia foi a opção de Jesus, sacrificando um Rodrigo muito enérgico mas pouco preciso e mantendo o discreto Ola John em campo. O tempo deu-lhe razão: o holandês, contagiando pela presença de Cardozo no eixo, transfigurou-se na segunda parte e acabou por ficar ligado aos dois golos.
Antes, ainda houve tempo para Artur voltar a mostrar serviço, compensando perante Bilyaletdinov e Kiril Kombarov os espaços que o Spartak tentava explorar nas costas de Maxi. Mas os russos tinham já pela frente um Benfica diferente, mais concreto na zona de definição. Cardozo nãofoi o único responsável, mas foi omais óbvio. Coube-lhe iniciar o lance do 1-0, com uma abertura larga para Ola John. O holandês pareceu atrapalhar-se, mas recuperou o equilíbrio a tempo de lançar Melgarejo (55 m). O cruzamento para a cabeça de Cardozo selou a entente guarani e deu ao Benfica a sua primeira situação de vantagem nesta Champions.
À imagem de Ola John, mais confiante a cada novo lance, o Benfica passou a jogar com um sorriso nos lábios. O 2-0, fabricado pelo holandês e concluído pelo imparável Cardozo (69 m), era expressão justa para um jogo que parecia embalado para um final em apoteose. Mas coube a Cardozo, que estava decididamente em todas, arrefecer os ânimos conquistando e desperdiçando um penalti que deixou o Spartak com um homem a menos. Se o terceiro tivesse chegado, estariam reunidas todas as condições para uma goleada. Como não veio, o jogo foi perdendo intensidade e interesse, com o Benfica a namorar as redes da baliza de Rebrov, mas pelo lado de fora, e a controlar as operações até final, de forma menos vistosa.
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Benfica, Spartak Moscow, 2-0
Cardozo came off the bench to grab the buoy
Two goals from Cardozo and a second part to the high level gave Benfica their first victory in this Champions League (2-0). Faced with Spartak Moscow, the Paraguayan came off the bench and became a protagonist in a night only spoiled by the result of Glasgow.
With ambitions of Champions held by a wire, then tie the unambitious Glasgow and defeat as avoidable Moscow, Benfica grabbed the buoy salvation that lay ahead. The victory over the Russians leaves open the hope to reach 2013 still competing in Europe. It remains to know which of the evidence, a question that feat before the Celtic Barcelona underscored. But are these accounts to more forward. For now, the key is made, with the first victory of the European season. A victory that is named Tacuara Cardozo recorded in very high relief.
The Paraguayan did not just score the two goals that sentenced the game. With 45 minutes almost perfect ¿and this 'almost' already apparent from the usual trauma penalties - gave meaning and verticality to a game that Benfica dominated almost from the beginning, without untying the knots that bound him during the first part.
It is unknown to what extent the blatant penalty on Garay, in the first minute, the German Meyer turned a blind eye, this could have changed history. It is, rather, that until the entry of the domain incarnate Cardozo was relatively barren, with double-Rodrigo Lima experiencing difficulties connecting with Hello John and deleted, leaving Melgarejo become lonely counterpoint to the dynamics of Salvio not always lucid and Maxi on the right.
Fears caused by a midfield of appeal, these, passed early: Enzo Pérez, in great shape, was the ideal complement to secure the André Almeida, contained and secure in the role of anchor. Just once Spartak seriously threatened the goal incarnate, but then won the attention of Arthur, another important character in this movie. A film that reached the interval with a handful of half chances for Benfica and feel glaring that lacked a fixed reference to the attack incarnate.
Cardozo, yes, Hello and John also
Rarely has a game called so obvious for a player. Less obvious was the option of Jesus, Rodrigo sacrificing a little too energetic but keeping accurate and unobtrusive Hello John Field. The time gave him reason: the Dutch, the presence of contaminating Cardozo axis, transfigured in the second half and ended up on the two goals.
Before, there was still time for Arthur to return to service show, and Kiril offsetting before Bilyaletdinov Kombarov spaces that Spartak tried to explore the back of Maxi. But the Russians had already Benfica face a different, more concrete definition of the zone. Cardozo nãofoi solely responsible, but it was obvious omais. It fell to him to start the bid of 1-0, with a wide opening for Hello John. The Dutch seemed to fumble, but regained his balance in time to launch Melgarejo (55 m). The crossing to the head of Cardozo sealed the entente Guarani and gave Benfica their first Champions advantage in this situation.
In the image of Hello John, more confident with each new bid, Benfica went on to play with a smile. The 2-0, manufactured by Dutch and finished by unstoppable Cardozo (69 m), expression was fair for a game that seemed packed to a final apotheosis. But it fell to Cardozo, who was decidedly in all, cool tempers and wasting winning a penalty which left Spartak with a man down. If the third had come, they were all the conditions for a rout. As no one came, the game was losing intensity and interest, with Benfica dating networks Beacon Rebrov, but from the outside, and control the operations end, less showy.
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